Bitconf marca presença no lançamento do Plano Brasil Digital 30+

O Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, conhecido como “Conselhão”, está propondo ao governo a criação de uma Secretaria Especial para Transformação Digital, conforme delineado no Plano Brasil Digital 2030+. A primeira interação do grupo com representantes federais está agendada para julho de 2024.

O plano visa alcançar a digitalização integral do país em um prazo de seis anos. A versão inicial do documento foi apresentada pelo grupo na quarta-feira (24 de abril de 2024). Wladimir Crippa, organizador da bitconf, faz parte da Comissão Temática que elaborou o plano e esteve presente no lançamento.

A nova entidade proposta requer a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e um orçamento próprio para a definição e implementação das medidas necessárias. Os investimentos para a execução do plano ainda estão sendo levantados.

O Conselho já recebeu um feedback preliminar do governo, demonstrando entusiasmo com o planejamento. Contudo, espera-se que haja considerações e novas propostas devido aos desafios orçamentários enfrentados atualmente pelo país.

“Estabelecer uma secretaria não é uma tarefa rápida, mas representa a solução mais robusta do ponto de vista estrutural. Ainda há aspectos a serem discutidos”, comentou Paulo Pereira, secretário-executivo do Conselho.

Os pilares prioritários da iniciativa incluem os setores de infraestrutura e educação, considerados crucial para o desenvolvimento nacional. A ideia inicial é consolidar todas as medidas em andamento nos órgãos públicos para identificar e destacar as prioridades.

Se o governo concordar com o plano proposto, mesmo com algumas ressalvas, um decreto será emitido para oficializar a gestão das ações.

Segundo o Conselho, pelo menos 14 ministérios já foram identificados com políticas de digitalização em andamento. Por exemplo, no Ministério da Educação, existe o programa Educação Conectada, que busca disponibilizar acesso à internet de alta velocidade nas escolas.

O plano visa facilitar o processo de contratação na área da educação e incentivar os jovens a ingressarem no campo da tecnologia. O documento destaca a escassez de profissionais especializados no Brasil e busca evitar a “exportação” dessa mão de obra.

No âmbito dos negócios e inovação, o plano almeja modernizar a legislação trabalhista, desonerar tributos e encargos laborais, simplificar alíquotas para empresas do setor digital e promover seu papel no desenvolvimento nacional.

O Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável é um órgão composto por representantes da sociedade civil, criado em 2003 e recriado em 2023 com o objetivo de formular políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do país.

Wladimir Crippa realizou uma fala, enfatizando que o Plano Brasil Digital 30+ trata-se de uma proposta de elaboração de uma política de Estado, e não de governo. Portanto, faz-se necessário um envolvimento e um comprometimento cada vez maior da sociedade civil, das empresas, das instituições, das associações, para que ela venha a ser efetivamente implementada, independente de quem esteja ocupando a presidência do país.


Digitalização no Brasil: Potencial e Desafios

A digitalização integral do Brasil promete melhorar a distribuição de renda, impulsionar o crescimento do PIB em diversos setores econômicos e elevar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), conforme delineado no Plano Brasil Digital 2030+.

Os desafios enfrentados pelo país estão predominantemente ligados à infraestrutura, ao déficit de habilidades digitais da população e à desigualdade social, explicou o secretário-executivo. Há uma lacuna significativa nos investimentos em pesquisa e tecnologia, além de problemas relacionados à burocracia e aos impostos para empresas do setor.

Dados do Plano indicam que apenas 1% do PIB é destinado à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. Em relação à educação e capacitação digital, o setor representa 2,8% da economia, conforme informado pelo Conselho.

Laércio Cosentino, membro do grupo de coordenação do Plano e fundador da Totvs, destaca a necessidade de investimento em tecnologia para que o Brasil se destaque globalmente e exporte serviços e produtos de alto valor agregado.

“A transformação digital facilita o acesso à educação, saúde e diversos setores, trazendo produtividade e eficiência. O Brasil precisa de uma governança centralizada para essa transformação digital”, afirmou.

Glória Guimarães, também coordenadora do Conselho, ressaltou que, mesmo quando há acesso à tecnologia no país, o conhecimento aprofundado sobre ela é limitado. “É crucial educar os cidadãos para trabalharem com tecnologia e gerar mais inovação. Devemos aproveitar o que já existe e trabalhar em prol de nossos objetivos”, acrescentou.

Aqui estão as ações previstas:

  • Infraestrutura: estabelecer hubs de conectividade, especialmente nas regiões Norte e Nordeste; desenvolver uma política nacional de cibersegurança; garantir acesso de cidades a postes e antenas; promover a integração e o compartilhamento de dados entre órgãos públicos e agentes privados.
  • Tecnologia: criar incentivos fiscais para empresas que adotam tecnologias estratégicas para o desenvolvimento do país.
  • Pesquisa: fomentar mecanismos que conectem a pesquisa ao mercado.
  • Educação e Capacitação Digital: implementar programas de capacitação digital; engajar jovens nas carreiras de tecnologia; aprimorar e unificar políticas nacionais de educação básica.
  • Inclusão Social e Digital: integrar plataformas digitais entre os governos federal, estadual e municipal; incentivar a demanda do setor público por serviços digitais; introduzir tecnologias no setor de saúde; promover o letramento digital da população por meio de planos de comunicação.
  • Ambiente de Negócios: modernizar a legislação trabalhista com desoneração de tributos e encargos; simplificar políticas e alíquotas para empresas digitais; desburocratizar o processo de abertura de empresas; estabelecer mecanismos para exportação de tecnologias e importação de componentes.

Blockchain na construção de uma democracia direta e participativa

Introdução

A democracia, base da convivência e da tomada de decisões que atingem a todos nós em uma sociedade moderna, está evoluindo com o advento da tecnologia. A blockchain, conhecida por sua segurança e transparência, surge como uma ferramenta poderosa para aprimorar processos democráticos. Neste texto, exploraremos as possibilidades dessa tecnologia em dois pilares fundamentais: a democracia direta e a democracia participativa.

1. Democracia direta: a transformação do voto

A democracia direta é um modelo em que os cidadãos têm o poder de tomar decisões políticas diretamente, sem a necessidade de representantes. Nesse sistema, questões importantes são decididas por meio de votações populares. Os cidadãos participam ativamente, expressando suas opiniões e votando em propostas, leis ou políticas. Essa forma de democracia promove a participação direta do povo na tomada de decisões, enfatizando a autonomia e a responsabilidade individual. Exemplos incluem referendos e plebiscitos, onde a população decide sobre temas específicos, influenciando diretamente o curso das políticas públicas.

A tecnologia blockchain oferece uma maneira inovadora de realizar eleições, tornando o processo mais fácil, seguro e transparente.

Votação segura e transparente

A blockchain cria um registro imutável de votos, eliminando riscos de fraudes. Cada voto é armazenado em blocos, tornando o sistema à prova de manipulações. A transparência proporcionada pela blockchain fortalece a confiança dos cidadãos no processo eleitoral. Ao mesmo tempo, garante o necessário e fundamental sigilo do voto.

Acesso amplo à participação

A votação online, facilitada pela blockchain, permite que mais pessoas participem, independentemente da localização geográfica. Isso amplia a representatividade e envolvimento dos cidadãos, promovendo uma democracia direta mais inclusiva.

Engajamento contínuo

A blockchain também possibilita referendos e consultas frequentes, permitindo que os cidadãos se envolvam em decisões cotidianas. Isso cria uma democracia mais dinâmica, onde a participação não se limita a eleições periódicas. Podemos imaginar isso como um “app da democracia”.

2. Democracia participativa: a colaboração descentralizada

A democracia participativa envolve a colaboração ativa dos cidadãos no processo de tomada de decisões governamentais. Diferentemente da democracia direta, onde as decisões são tomadas por meio de votação, na democracia participativa, os cidadãos têm a oportunidade de contribuir para a elaboração de políticas, planos e orçamentos. Isso pode ocorrer por meio de consultas populares, audiências públicas e iniciativas de orçamento participativo.

A ênfase está na participação cidadã constante, permitindo que a comunidade influencie e molde as políticas de maneira mais direta. Esse modelo busca fortalecer a relação entre governo e sociedade, proporcionando uma governança mais inclusiva e alinhada com as necessidades e aspirações da população. A blockchain oferece soluções descentralizadas que podem revolucionar esse modelo.

Consultas populares descentralizadas

A utilização de plataformas blockchain possibilita a realização de consultas populares de maneira segura e eficiente. Nesse contexto, os cidadãos têm a oportunidade de expressar suas opiniões sobre políticas específicas de forma direta e descomplicada. O grande diferencial reside na imutabilidade dos registros: uma vez registrados, os resultados tornam-se permanentes e à prova de alterações, assegurando total transparência e confiabilidade no processo. Dessa forma, a blockchain emerge como uma ferramenta fundamental para fortalecer a participação democrática, garantindo que as vozes dos cidadãos sejam ouvidas de maneira segura e transparente.

Ao empregar plataformas blockchain em consultas populares, é possível atingir um novo patamar de transparência e confiabilidade. A imutabilidade dos registros garante que os resultados permaneçam inalterados ao longo do tempo, eliminando a possibilidade de manipulações. Dessa forma, os cidadãos podem confiar plenamente no processo, sabendo que suas opiniões foram registradas de maneira segura e que o resultado reflete fielmente a vontade coletiva. A blockchain, assim, se destaca como uma ferramenta valiosa na construção de processos democráticos mais sólidos e transparentes.

Orçamento participativo transparente

A implementação da tecnologia blockchain em processos de orçamento participativo representa um avanço significativo na busca por uma distribuição mais justa de recursos. Nesse contexto, os cidadãos ganham a capacidade de alocar recursos de forma direta e equitativa, promovendo uma participação mais ativa na gestão pública.

A descentralização, característica fundamental da blockchain, desempenha um papel crucial nesse cenário. Ao eliminar intermediários, a tecnologia garante que a administração dos recursos seja conduzida de maneira transparente e eficiente. Isso significa que as decisões relacionadas à alocação de verbas são tomadas de forma mais direta, sem influências externas, possibilitando uma distribuição mais justa dos recursos de acordo com as necessidades e prioridades da comunidade.

Essa abordagem inovadora não apenas promove uma maior participação dos cidadãos no processo decisório, mas também fortalece a confiança na gestão pública. A blockchain, ao registrar de forma imutável cada transação e alocação de recursos, garante a integridade do processo, eliminando qualquer possibilidade de manipulação. Assim, a tecnologia não apenas facilita a transparência, mas também cria uma base sólida para a construção de políticas públicas mais alinhadas com as demandas reais da população.

A aplicação da blockchain em processos de orçamento participativo representa uma revolução no modo como a sociedade decide a destinação de recursos públicos. A descentralização proporcionada pela tecnologia não apenas empodera os cidadãos, permitindo que participem ativamente na alocação de recursos, mas também elimina barreiras burocráticas, influências e pressões externas e intermediários que historicamente podem distorcer o processo.

A transparência e eficiência são os pilares dessa transformação. Com a blockchain, cada etapa do processo orçamentário é registrada de forma imutável, permitindo que os cidadãos e as autoridades acompanhem e verifiquem cada transação. Essa visibilidade completa assegura que as decisões sejam tomadas com base em critérios justos e nas reais necessidades da comunidade.

Ao promover a equidade e a eficiência, a blockchain destaca-se como uma ferramenta que não apenas democratiza a gestão de recursos, mas também estabelece novos padrões de integridade e responsabilidade na administração pública. A implementação dessa tecnologia no orçamento participativo redefine a relação entre governo e sociedade, proporcionando uma base sólida para a construção de comunidades mais justas e igualitárias.

Tomada de decisões colaborativa

A utilização de plataformas blockchain simplifica a colaboração direta dos cidadãos no processo de elaboração de políticas, representando um avanço significativo para a democracia participativa. Nesse contexto, contratos inteligentes emergem como uma ferramenta poderosa para automatizar decisões, levando em consideração as preferências da comunidade.

Essa abordagem inovadora permite que os cidadãos contribuam ativamente para a formulação de políticas, proporcionando uma voz significativa no direcionamento do governo. Os contratos inteligentes, ao serem programados para refletir as preferências e prioridades expressas pela comunidade, garantem uma implementação mais eficiente e alinhada com os interesses coletivos.

Assim, a blockchain não apenas facilita a participação direta dos cidadãos, mas também introduz uma camada de automação que promove uma democracia verdadeiramente participativa. Ao eliminar barreiras burocráticas e intermediários, essa tecnologia possibilita uma colaboração mais ágil e efetiva na construção das políticas públicas, estabelecendo um novo padrão de governança que reflete as necessidades reais da sociedade.

3. Desafios e considerações éticas

É essencial abordar os desafios associados à implementação da tecnologia blockchain na democracia. Questões como acessibilidade digital, segurança cibernética e inclusão devem ser cuidadosamente consideradas. Além disso, é crucial garantir que as soluções tecnológicas se alinhem a princípios éticos para evitar discriminações e garantir a equidade.

A tecnologia blockchain, com sua capacidade única de oferecer segurança e transparência, promete revolucionar a democracia direta e participativa. Ao integrar essas inovações, podemos construir sistemas mais inclusivos, onde os cidadãos têm voz ativa em decisões políticas. Contudo, é imperativo abordar desafios e considerações éticas para garantir que essas transformações promovam uma sociedade mais justa e igualitária. A combinação da sabedoria coletiva com a tecnologia blockchain pode moldar o futuro da democracia, proporcionando uma participação cidadã mais efetiva e fortalecendo os alicerces de uma sociedade verdadeiramente democrática.

Wladimir Crippa – administrador do grupo Bitcoin Brasil (fb.com/groups/btcbr); organizador da bitconf – bitconf.com.br (1ª conferência sobre Bitcoin realizada no Brasil, desde 2014); ex-assessor do Ministro da Ciência e Tecnologia (Celso Pansera/2016); membro da Comissão Temática de Tecnologia, Inovação e Transformação Digital do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável.

CEO da bitconf participa da Comissão Temática de Tecnologia e Inovação do CDESS

Na última quinta-feira, dia 24 de agosto, foi instalada a Comissão Temática de Tecnologia, Inovação e Transformação Digital do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (mais conhecido por Conselhão), vinculado à Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. Wladimir Crippa, CEO da bitconf, foi convidado para participar desta Comissão Temática pelo Secretário do Conselho, Paulo Henrique Pereira, por seus vínculos e atuação histórica no movimento do Software Livre e na comunidade cripto brasileira.

Os trabalhos da Comissão serão organizados em torno de quatro eixos:

Capacitação & Educação para a Transformação Digital:
Qualificação da sociedade (tanto no nível individual quanto organizacional) para o uso de tecnologias maduras e emergentes com objetivo de incluir pessoas e elevar a distribuição de renda.
 
Ambiente de Negócios para a Transformação Digital:
Consolidação de um ambiente jurídico-institucional favorável à inovação, ao desenvolvimento tecnológico, ao fortalecimento do mercado interno e à transformação digital.
 
Fomento à Inovação para a Transformação Digital:
Fomento à inovação com o objetivo de direcionar os investimentos em temas que o país possa liderar ou ser uma das referências globais ou ser parceiro prioritário de novas tecnologias; o Governo ser um indutor relevante para o desenvolvimento da indústria em solo brasileiro.
 
Infraestrutura para a Transformação Digital:
Desenvolver a infraestrutura e as condições técnicas necessárias à implantação da Maturidade digital no Governo, na iniciativa privada e na sociedade brasileira.

“Estou muito feliz por essa oportunidade de contribuir com ideias e sugestões para o governo brasileiro. Acredito que qualquer mudança social passa, necessariamente, pela democratização do acesso às tecnologias e, principalmente, por políticas públicas que saibam explorar ao máximo o potencial das novas ferramentas tecnológicas e colocá-las a serviço da promoção da inclusão digital e social. Aos amigos e amigas da comunidade do Software Livre e da comunidade cripto, tenham certeza de que estarei levando e apresentando neste espaço e em outros que surjam, as alternativas que já temos, tanto a nível de hardware quanto software, que utilizam software livre, hardware livre e blockchain e estarei sempre à disposição para ouvir novas ideias e sugestões e encaminhá-las para este espaço de diálogo com o governo federal.”

Bem-vindo, DREX!

O Banco Central do Brasil anunciou este mês a criação do DREX – Digital Real – a “moeda digital” do Estado brasileiro. Eu acho esta notícia muito boa para todos os entusiastas da tecnologia blockchain, do Bitcoin e das criptomoedas em geral.

Alguns bitcoiners mais radicais, das primeiras gerações (early adopters) têm se manifestado de forma crítica, até meio raivosinha, em relação à essa notícia. Mas quero dizer porque eu considero essa uma das melhores notícias dos últimos anos para nós, evangelistas do Bitcoin, não apenas para o Brasil, mas para o mundo, dada a expressão do Brasil.

Até poucos anos atrás – coisa de 5 anos –  o simples fato de você ter uma movimentação em sua conta bancária relacionada à Bitcoin era motivo suficiente para o banco te declarar cliente non grato, encerrar sua conta e nem dar alguma explicação. O Bitcoin era tão perseguido que as exchanges e os vendedores P2P tinham que orientar os clientes a não escrever no envelope (quando depositavam em dinheiro) “Bitcoin” ou qualquer coisa que identificasse o depósito à uma transação cripto. E praticamente todas as exchanges tiveram suas contas encerradas em algum momento.

Para quem viveu estes anos, presenciar, hoje, o Banco Central do Brasil anunciar o lançamento de uma criptomoeda – ainda que de forma envergonhada, pois vi na live do Banco Central o coordenador do projeto, Fábio Araújo, negar repetidas vezes que seja uma criptomoeda –  é motivo de alegria e nos leva inevitavelmente a pensar: eu te disse!

Desde 2013 realizo palestras sobre Bitcoin. Provavelmente as primeiras palestras sobre o assunto na Campus Party, no Fórum Internacional do Software Livre, na The Developer Conference, na Cryptorave, no Congresso Catarinense de Software Livre, no Festival Latinoamericano de Software Livre, foram feitas por mim. E em todas, sempre afirmei que o próximo passo do dinheiro seria/é o dinheiro digital.

Neste futuro, cada dia mais próximo, veremos conviver, em harmonia (ou mais ou menos em harmonia, espero), o Bitcoin e outras criptomoedas descentralizadas, as criptomoedas de Estados (CBDC, sigla em inglês para Central Bank Digital Currency), criptomoedas privadas (de empresas), criptomoedas sociais (uma evolução das moedas sociais) e, quem sabe, outros tipos de criptomoedas ainda nem imaginados.

O ponto central é que as criptomoedas são uma realidade, são o futuro inevitável do dinheiro. Em menos de uma década veremos as pessoas utilizando-as no dia-a-dia.

O DREX é superior ao Bitcoin? Claro que não! Centralizado; controlado pelo Banco Central; potencialmente e provavelmente sem privacidade alguma, permitindo até mesmo ser congelado pelo BC, conforme foi verificado em seu código; não é uma “blockchain de verdade”, como a do Bitcoin; emissão ilimitada de DREX, enfim, não há como comparar com o Bitcoin. E não devemos mesmo comparar com ele. O ponto central, na minha opinião, é o reconhecimento do Estado da tecnologia das criptomoedas; é um certo aval que é dado, indiretamente, às criptomoedas; é mostrar que quem usa criptomoedas não está cometendo nenhum ato ilícito; é a oportunidade que isso criará para o crescimento do Bitcoin. Sim, pois na medida em que as pessoas forem usando o DREX e tomarem conhecimento de que muitas coisas podem ser feitas com o Bitcoin e não poderão ser feitas com DREX, acabarão usando também o Bitcoin em parte ou mesmo em todas as suas movimentações.

Por isso, seja bem-vindo, DREX!

Finep premiará mulheres com projetos que usem blockchain

O Programa Mulheres Inovadoras é uma iniciativa da Finep e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) para estimular startups lideradas por mulheres, de forma a contribuir para o aumento da representatividade feminina no cenário empreendedor nacional, por meio da capacitação e do reconhecimento de empreendimentos que possam favorecer o incremento da competitividade brasileira.

Nesta edição, serão selecionadas 6 startups de cada região do país, somando 30 empresas, para 7 semanas de aceleração com uma equipe de mentores e palestrantes das iniciativas pública e privada. Ao final, todas se apresentarão para uma banca de avaliação regional. Aquelas que cumprirem todo o processo de forma satisfatória receberão um prêmio de R$ 52 mil para usar em seu negócio, mas uma de cada região será escolhida pela banca para receber um prêmio diferenciado, no valor de R$ 100 mil.

Temas prioritários:

Healthtech; Educação; Saneamento Básico e segurança hídrica; Agritech, Saúde Animal e Foodtech; Defesa e Segurança Nacional; Cidades Inteligentes e Sustentáveis; Energia Renovável e Eficiência Energética; Bioeconomia; Tratamento da Poluição e de Resíduos Sólidos; Monitoramento, prevenção e recuperação de desastres naturais e ambientais; Preservação ambiental; Segurança pública ou privada.

Tecnologias prioritárias:

Biotecnologia; Inteligência Artificial (IA); Internet das Coisas (IoT); Nanotecnologia; 5G e Wi-fi 6; Blockchain; Nuvem; Realidade Estendida (XR) e interfaces imersivas; Automação de processos robóticos (RPA); Big data.

Caso tenha curiosidade de conhecer as participantes da última rodada, abaixo apresentamos o Livro digital da 3ª edição

Em caso de dúvidas e orientações sobre o edital, por gentileza, enviar e-mail para: cp_mulheresinovadoras@finep.gov.br

fonte: Finep – http://finep.gov.br/chamadas-publicas/chamadapublica/716

Presidente da Finep, Celso Pansera

Presidente da Finep, Celso Pansera, confirma presença na bitconf.gov

O presidente da Finep – Financiadora de Estudos e Projetos – Celso Pansera, confirmou presença como palestrante na próxima bitconf, edição especial com foco no uso da tecnologia blockchain na administração pública, que será realizada dias 23 e 24 de agosto, na Finatec, em Brasília.

A Finep tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico e social do Brasil por meio do fomento público à ciência, tecnologia e inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas.

Celso Pansera já esteve em 2022 na edição da bitconf em São Paulo e é um entusiasta da tecnologia blockchain. Inclusive a Finep encontra-se com edital aberto para premiar iniciativas dirigidas por mulheres – Programa Mulheres Inovadoras – e, entre os projetos que poderão ser contemplados, encontram-se também projetos que utilizem blockchain. O edital pode ser acessado aqui.

A gestão de Celso Pansera à frente da Finep iniciou recentemente e temos certeza de que a economia cripto/blockchain terá nos próximos anos muitos estímulos e incentivos para ser desenvolvida, pois assim seu presidente tem se manifestado em todas as oportunidades em que dialogou com o setor e com o organizador da bitconf, Wladimir Crippa.

Apresente seu projeto na bitconf.gov

Dias 23 e 24 de agosto, em Brasília, acontecerá a edição especial da bitconf, chamada bitconf.gov pois o foco dessa conferência é a apresentação de soluções tecnológicas usando a blockchain, principalmente para os serviços e a administração pública.

Como já é tradição em todas as edições da bitconf, a participação da comunidade é sempre valorizada. Por isso, se você tem um projeto, uma solução que utiliza blockchain e gostaria de apresentar, entre em contato conosco, envie informações sobre o projeto, junto com uma mini biografia sua, e ele poderá ser apresentado. Nosso e-mail para contato é bitconfgov@wladimir.com.br

Mais informações sobre essa edição https://bitconf.com.br/site/2023/07/14/brasilia-sera-sede-de-edicao-especial-da-bitconf/

Brasília será sede de edição especial da bitconf

Nos dias 23 e 24 de agosto a capital federal do Brasil será sede de uma edição especial da bitconf: a bitconf.gov.

Esta edição terá como foco o uso da tecnologia blockchain na administração e nos serviços públicos. Durante os dois dias da conferência, serão apresentados os conceitos básicos (o que é bitcoin, o que são tokens, o que é blockchain etc) e depois serão apresentados casos de uso da tecnologia blockchain em áreas como identificação digital, autenticidade, venda de patrimônio, gerenciamento de patrimônio, recuperação ambiental, sistemas de votação, entre outros casos.

A conferência terá palestras de maior duração do que ocorre nas edições tradicionais da bitconf, principalmente no primeiro dia, onde serão apresentados os conceitos fundamentais da economia e da tecnologia cripto.

A bitconf.gov foi criada para aprofundar os conhecimentos sobre a tecnologia, oferecendo aos participantes uma programação completa, introduzindo os conceitos de criptoativos e abordando de forma mais profunda a tecnologia Blockchain, seus principais conceitos, a regulamentação atual no mercado brasileiro, as legislações que interseccionam com
o assunto, o funcionamento técnico e prático da tecnologia Web3 e casos de aplicação no mundo. Com isso busca-se iniciar a capacitar os membros da administração pública, nos três poderes (mas não somente eles, lembrando que a conferência é aberta a todas as pessoas interessadas), a interagir e debater sobre criptoativos, assim como resolver problemas técnicos de nível básico e intermediário.

Cinco objetivos

Esta edição busca fazer com que, ao seu final, seus participantes atinjam no mínimo cinco objetivos, a saber:

  1. Compreensão básica dos conceitos de criptoativos e blockchain: compreensão dos principais conceitos e fundamentos dos criptoativos, bem como da tecnologia blockchain e tudo que deriva dela – NFTs, DeFi, protocolos – que é a base para a criação de ativos digitais. Essa compreensão pode ser importante para permitir uma visão mais ampla sobre as aplicações da tecnologia blockchain, e como ela pode ser utilizada em áreas da administração pública.
  2. Básico e intermediário sobre segurança e privacidade na Web3: que envolvem a utilização de criptomoedas, bem como das diferentes formas de compra e venda de criptoativos. Os membros da administração pública podem aprender sobre as melhores práticas para garantir a segurança dos ativos digitais, incluindo a utilização de carteiras digitais seguras e o uso de medidas de segurança adicionais.
  3. Entendimento básico, técnico e prático sobre legislação e tributação: que consiga entender e localizar as principais leis e normativas no Direito brasileiro, que tenha compreensão jurídica do que são ativos digitais e seus instrumentos derivados. Que consiga compreender o que é um smart contract e sua validade no Direito brasileiro.
  4. Noções de cripto economia, mercado de tokenização e modelos de negócios: esperamos que ao final do evento os participantes saiam com a compreensão dos principais conceitos envolvendo a cripto economia, que entendam o que é tokenização e como isso pode ser aplicado nos mais diversos segmentos de mercado e áreas e que consigam compreender os atuais modelos de negócios envolvendo blockchain e algum tipo de ativo digital, de forma que consigam visualizar onde está presente o uso da tecnologia blockchain.
  5. Capacidade analítica de ativos digitais: esperamos que os participantes saiam do evento com a capacidade de analisar um contrato digital, visualizar as carteiras que possuem um determinado ativo digital, análise de market cap, liquidez, leitura de whitepaper e compreensão do tokenomics.

Ao fim, deverão conhecer também os principais projetos do mercado, os que causaram maior disrupção, os casos de rugpull, falhas de segurança marcantes e como prevenir essa situação.

A bitconf.gov acontecerá dias 23 e 24 de agosto, na Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos – Finatec/UnB. Para mais informações e inscrições, acesse o site da bitconf: www.bitconf.com.br

Ricardo Blattes, do Ministério da Justiça, na bitconf

Ricardo Blattes, Diretor do Departamento Nacional de Defesa dos Direitos do Consumidor, participou da conferência e expressou grande interesse em acompanhar de perto a relação entre as exchanges de criptomoedas e os consumidores.

É de extrema importância para o mercado de criptomoedas garantir os direitos dos consumidores, pois isso reforça a confiança e estabilidade da economia. A existência de pirâmides financeiras no mercado cripto prejudica não apenas o mercado em si, mas também os consumidores, que perdem seus investimentos.

A bitconf está comprometida em combater esses crimes financeiros e deseja estabelecer uma parceria com o Ministério da Justiça para alcançar esse objetivo. A participação de Blattes na conferência foi o início de uma parceria para discutir soluções para garantir a proteção dos direitos dos consumidores no mercado cripto.