Bem-vindo, DREX!

O Banco Central do Brasil anunciou este mês a criação do DREX – Digital Real – a “moeda digital” do Estado brasileiro. Eu acho esta notícia muito boa para todos os entusiastas da tecnologia blockchain, do Bitcoin e das criptomoedas em geral.

Alguns bitcoiners mais radicais, das primeiras gerações (early adopters) têm se manifestado de forma crítica, até meio raivosinha, em relação à essa notícia. Mas quero dizer porque eu considero essa uma das melhores notícias dos últimos anos para nós, evangelistas do Bitcoin, não apenas para o Brasil, mas para o mundo, dada a expressão do Brasil.

Até poucos anos atrás – coisa de 5 anos –  o simples fato de você ter uma movimentação em sua conta bancária relacionada à Bitcoin era motivo suficiente para o banco te declarar cliente non grato, encerrar sua conta e nem dar alguma explicação. O Bitcoin era tão perseguido que as exchanges e os vendedores P2P tinham que orientar os clientes a não escrever no envelope (quando depositavam em dinheiro) “Bitcoin” ou qualquer coisa que identificasse o depósito à uma transação cripto. E praticamente todas as exchanges tiveram suas contas encerradas em algum momento.

Para quem viveu estes anos, presenciar, hoje, o Banco Central do Brasil anunciar o lançamento de uma criptomoeda – ainda que de forma envergonhada, pois vi na live do Banco Central o coordenador do projeto, Fábio Araújo, negar repetidas vezes que seja uma criptomoeda –  é motivo de alegria e nos leva inevitavelmente a pensar: eu te disse!

Desde 2013 realizo palestras sobre Bitcoin. Provavelmente as primeiras palestras sobre o assunto na Campus Party, no Fórum Internacional do Software Livre, na The Developer Conference, na Cryptorave, no Congresso Catarinense de Software Livre, no Festival Latinoamericano de Software Livre, foram feitas por mim. E em todas, sempre afirmei que o próximo passo do dinheiro seria/é o dinheiro digital.

Neste futuro, cada dia mais próximo, veremos conviver, em harmonia (ou mais ou menos em harmonia, espero), o Bitcoin e outras criptomoedas descentralizadas, as criptomoedas de Estados (CBDC, sigla em inglês para Central Bank Digital Currency), criptomoedas privadas (de empresas), criptomoedas sociais (uma evolução das moedas sociais) e, quem sabe, outros tipos de criptomoedas ainda nem imaginados.

O ponto central é que as criptomoedas são uma realidade, são o futuro inevitável do dinheiro. Em menos de uma década veremos as pessoas utilizando-as no dia-a-dia.

O DREX é superior ao Bitcoin? Claro que não! Centralizado; controlado pelo Banco Central; potencialmente e provavelmente sem privacidade alguma, permitindo até mesmo ser congelado pelo BC, conforme foi verificado em seu código; não é uma “blockchain de verdade”, como a do Bitcoin; emissão ilimitada de DREX, enfim, não há como comparar com o Bitcoin. E não devemos mesmo comparar com ele. O ponto central, na minha opinião, é o reconhecimento do Estado da tecnologia das criptomoedas; é um certo aval que é dado, indiretamente, às criptomoedas; é mostrar que quem usa criptomoedas não está cometendo nenhum ato ilícito; é a oportunidade que isso criará para o crescimento do Bitcoin. Sim, pois na medida em que as pessoas forem usando o DREX e tomarem conhecimento de que muitas coisas podem ser feitas com o Bitcoin e não poderão ser feitas com DREX, acabarão usando também o Bitcoin em parte ou mesmo em todas as suas movimentações.

Por isso, seja bem-vindo, DREX!

Finep premiará mulheres com projetos que usem blockchain

O Programa Mulheres Inovadoras é uma iniciativa da Finep e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) para estimular startups lideradas por mulheres, de forma a contribuir para o aumento da representatividade feminina no cenário empreendedor nacional, por meio da capacitação e do reconhecimento de empreendimentos que possam favorecer o incremento da competitividade brasileira.

Nesta edição, serão selecionadas 6 startups de cada região do país, somando 30 empresas, para 7 semanas de aceleração com uma equipe de mentores e palestrantes das iniciativas pública e privada. Ao final, todas se apresentarão para uma banca de avaliação regional. Aquelas que cumprirem todo o processo de forma satisfatória receberão um prêmio de R$ 52 mil para usar em seu negócio, mas uma de cada região será escolhida pela banca para receber um prêmio diferenciado, no valor de R$ 100 mil.

Temas prioritários:

Healthtech; Educação; Saneamento Básico e segurança hídrica; Agritech, Saúde Animal e Foodtech; Defesa e Segurança Nacional; Cidades Inteligentes e Sustentáveis; Energia Renovável e Eficiência Energética; Bioeconomia; Tratamento da Poluição e de Resíduos Sólidos; Monitoramento, prevenção e recuperação de desastres naturais e ambientais; Preservação ambiental; Segurança pública ou privada.

Tecnologias prioritárias:

Biotecnologia; Inteligência Artificial (IA); Internet das Coisas (IoT); Nanotecnologia; 5G e Wi-fi 6; Blockchain; Nuvem; Realidade Estendida (XR) e interfaces imersivas; Automação de processos robóticos (RPA); Big data.

Caso tenha curiosidade de conhecer as participantes da última rodada, abaixo apresentamos o Livro digital da 3ª edição

Em caso de dúvidas e orientações sobre o edital, por gentileza, enviar e-mail para: cp_mulheresinovadoras@finep.gov.br

fonte: Finep – http://finep.gov.br/chamadas-publicas/chamadapublica/716

Presidente da Finep, Celso Pansera

Presidente da Finep, Celso Pansera, confirma presença na bitconf.gov

O presidente da Finep – Financiadora de Estudos e Projetos – Celso Pansera, confirmou presença como palestrante na próxima bitconf, edição especial com foco no uso da tecnologia blockchain na administração pública, que será realizada dias 23 e 24 de agosto, na Finatec, em Brasília.

A Finep tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico e social do Brasil por meio do fomento público à ciência, tecnologia e inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas.

Celso Pansera já esteve em 2022 na edição da bitconf em São Paulo e é um entusiasta da tecnologia blockchain. Inclusive a Finep encontra-se com edital aberto para premiar iniciativas dirigidas por mulheres – Programa Mulheres Inovadoras – e, entre os projetos que poderão ser contemplados, encontram-se também projetos que utilizem blockchain. O edital pode ser acessado aqui.

A gestão de Celso Pansera à frente da Finep iniciou recentemente e temos certeza de que a economia cripto/blockchain terá nos próximos anos muitos estímulos e incentivos para ser desenvolvida, pois assim seu presidente tem se manifestado em todas as oportunidades em que dialogou com o setor e com o organizador da bitconf, Wladimir Crippa.

Apresente seu projeto na bitconf.gov

Dias 23 e 24 de agosto, em Brasília, acontecerá a edição especial da bitconf, chamada bitconf.gov pois o foco dessa conferência é a apresentação de soluções tecnológicas usando a blockchain, principalmente para os serviços e a administração pública.

Como já é tradição em todas as edições da bitconf, a participação da comunidade é sempre valorizada. Por isso, se você tem um projeto, uma solução que utiliza blockchain e gostaria de apresentar, entre em contato conosco, envie informações sobre o projeto, junto com uma mini biografia sua, e ele poderá ser apresentado. Nosso e-mail para contato é bitconfgov@wladimir.com.br

Mais informações sobre essa edição https://bitconf.com.br/site/2023/07/14/brasilia-sera-sede-de-edicao-especial-da-bitconf/

Brasília será sede de edição especial da bitconf

Nos dias 23 e 24 de agosto a capital federal do Brasil será sede de uma edição especial da bitconf: a bitconf.gov.

Esta edição terá como foco o uso da tecnologia blockchain na administração e nos serviços públicos. Durante os dois dias da conferência, serão apresentados os conceitos básicos (o que é bitcoin, o que são tokens, o que é blockchain etc) e depois serão apresentados casos de uso da tecnologia blockchain em áreas como identificação digital, autenticidade, venda de patrimônio, gerenciamento de patrimônio, recuperação ambiental, sistemas de votação, entre outros casos.

A conferência terá palestras de maior duração do que ocorre nas edições tradicionais da bitconf, principalmente no primeiro dia, onde serão apresentados os conceitos fundamentais da economia e da tecnologia cripto.

A bitconf.gov foi criada para aprofundar os conhecimentos sobre a tecnologia, oferecendo aos participantes uma programação completa, introduzindo os conceitos de criptoativos e abordando de forma mais profunda a tecnologia Blockchain, seus principais conceitos, a regulamentação atual no mercado brasileiro, as legislações que interseccionam com
o assunto, o funcionamento técnico e prático da tecnologia Web3 e casos de aplicação no mundo. Com isso busca-se iniciar a capacitar os membros da administração pública, nos três poderes (mas não somente eles, lembrando que a conferência é aberta a todas as pessoas interessadas), a interagir e debater sobre criptoativos, assim como resolver problemas técnicos de nível básico e intermediário.

Cinco objetivos

Esta edição busca fazer com que, ao seu final, seus participantes atinjam no mínimo cinco objetivos, a saber:

  1. Compreensão básica dos conceitos de criptoativos e blockchain: compreensão dos principais conceitos e fundamentos dos criptoativos, bem como da tecnologia blockchain e tudo que deriva dela – NFTs, DeFi, protocolos – que é a base para a criação de ativos digitais. Essa compreensão pode ser importante para permitir uma visão mais ampla sobre as aplicações da tecnologia blockchain, e como ela pode ser utilizada em áreas da administração pública.
  2. Básico e intermediário sobre segurança e privacidade na Web3: que envolvem a utilização de criptomoedas, bem como das diferentes formas de compra e venda de criptoativos. Os membros da administração pública podem aprender sobre as melhores práticas para garantir a segurança dos ativos digitais, incluindo a utilização de carteiras digitais seguras e o uso de medidas de segurança adicionais.
  3. Entendimento básico, técnico e prático sobre legislação e tributação: que consiga entender e localizar as principais leis e normativas no Direito brasileiro, que tenha compreensão jurídica do que são ativos digitais e seus instrumentos derivados. Que consiga compreender o que é um smart contract e sua validade no Direito brasileiro.
  4. Noções de cripto economia, mercado de tokenização e modelos de negócios: esperamos que ao final do evento os participantes saiam com a compreensão dos principais conceitos envolvendo a cripto economia, que entendam o que é tokenização e como isso pode ser aplicado nos mais diversos segmentos de mercado e áreas e que consigam compreender os atuais modelos de negócios envolvendo blockchain e algum tipo de ativo digital, de forma que consigam visualizar onde está presente o uso da tecnologia blockchain.
  5. Capacidade analítica de ativos digitais: esperamos que os participantes saiam do evento com a capacidade de analisar um contrato digital, visualizar as carteiras que possuem um determinado ativo digital, análise de market cap, liquidez, leitura de whitepaper e compreensão do tokenomics.

Ao fim, deverão conhecer também os principais projetos do mercado, os que causaram maior disrupção, os casos de rugpull, falhas de segurança marcantes e como prevenir essa situação.

A bitconf.gov acontecerá dias 23 e 24 de agosto, na Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos – Finatec/UnB. Para mais informações e inscrições, acesse o site da bitconf: www.bitconf.com.br

Ricardo Blattes, do Ministério da Justiça, na bitconf

Ricardo Blattes, Diretor do Departamento Nacional de Defesa dos Direitos do Consumidor, participou da conferência e expressou grande interesse em acompanhar de perto a relação entre as exchanges de criptomoedas e os consumidores.

É de extrema importância para o mercado de criptomoedas garantir os direitos dos consumidores, pois isso reforça a confiança e estabilidade da economia. A existência de pirâmides financeiras no mercado cripto prejudica não apenas o mercado em si, mas também os consumidores, que perdem seus investimentos.

A bitconf está comprometida em combater esses crimes financeiros e deseja estabelecer uma parceria com o Ministério da Justiça para alcançar esse objetivo. A participação de Blattes na conferência foi o início de uma parceria para discutir soluções para garantir a proteção dos direitos dos consumidores no mercado cripto.

Dan Kim, da Coinbase, participou da bitconf

Pela primeira vez a Coibase, maior exchange dos Estados Unidos, participou de evento no Brasil. Ficamos muito felizes de contar com a presença de seu VP de Desenvolvimento de Negócios. Dan também atua como chefe de listagens da Coinbase e trabalha com equipes de projetos criptos de todo o mundo para que seus tokens possam ser comprados, vendidos e mantidos da maneira mais segura, pelos mais de 110 milhões de clientes da Coinbase.

Antes de ingressar na Coinbase, Dan trabalhou na Tesla como chefe global de vendas, onde liderou uma equipe de mais de 3.000 pessoas para impulsionar o crescimento de escala zero do Modelo 3. Dan também trabalhou no Airbnb como chefe de Fornecimento para Airbnb Plus, uma coleção de casas premium com hospitalidade, conforto e design superiores.

Embora os primeiros empregos de Dan tenham sido em banco de investimento e finanças estruturadas, ele passou a maior parte de seu tempo e carreira trabalhando para empresas de tecnologia orientadas por fundadores e orientadas para missões. Dan também fundou a Red Mango, uma franquia de iogurte congelado e smoothie focada na saúde que ele escalou para mais de 300 lojas de varejo antes de vender a empresa. Dan se formou na Haas School of Business da UC Berkeley e mora em Oakland, CA com sua noiva e filha adolescente. Seus interesses vão desde jogos web3 e arte interativa até a capacitação de criadores e descobrindo novas formas de convergir o mundo físico com o universo digital.

Nessa bitconf, a participação de Dan Kim se deu através de uma conversa-entrevista, realizada pela editora-chefe do Blocknews, jornalista Claudia Mancini.

A bitconf mais inclusiva de todas

A edição 2023 da bitconf, realizada dia 24 de março em São Paulo, no Centro de Convenções Rebouças, foi a mais inclusiva de todas as já realizadas até hoje. Mais ainda, foi o primeiro evento cripto em que houve tradução para Libras (língua brasileira de sinais) de todo o conteúdo.

Queremos com essa ação democratizar de fato o acesso aos criptoativos e à tecnologia blockchain. Esta é uma das primeiras ações práticas no sentido de alcançar esse público. Agradecemos imensamente ao Projeto Blockdeaf, que tornou possível essa ação de inclusão.